sábado, 26 de março de 2011

leite de coco ou hoje a história é longa

Aí ontem eu acordei com uma preguiça monstra. Quer dizer, às sete da manhã, quando levantei, estava bem disposta. Perto da hora de ir pra academia, a minha coragem se escondeu em algum lugar e não consegui encontrá-la de jeito nenhum. Refleti por uns cinco minutos e resolvi deixar a moleza de lado, tomei banho e fui pracademia. Os poucos minutos que passei na esteira pareceram horas e os exercícios da musculação estavam três vezes mais pesados. Quando acabei, pulei a esteira de fim de treino com a desculpa de que ia sair dali e andar até o Mercado da Encruzilhada (a academia é na rua Amélia, para situar quem mora em Recife), ou seja, ia fazer a caminhada ao ar livre rs. 

Chego no mercado, faço as compras rapidinho (coco ralado, queijo coalho, louro, canela e uns chás) e, quando tou saindo, sinto falta da minha chave de casa. Pensei ter esquecido na academia. Resultado? Volto pra lá, andando, sol de meio dia, agora carregando várias sacolinhas dentro de uma só. Chego na academia e, bem, nada da chave. Não tava lá. Na hora, bateu aquele desespero será que eu deixei a chave em alguma das bancas que fui no mercado? E, claro, muita raiva de mim mesma, porque, né, ficar pra cá e pra lá no sol é barra. O problema maior é que eu pensava, pensava, pensava e não conseguia lembrar se tinha saído ou não da academia com a chave e, muito menos, se tava com ela no mercado.

A recepcionista da academia se compadeceu do meu sofrimento rs e perguntou como eu ia fazer para entrar em casa. Não tinha ninguém lá e o marido foi para o trabalho sem chave. De todo jeito, eu não tinha como ir pra Boa Viagem pegar com ele, pois tinha trinta centavos no bolso. Aí, claro, eu recorri à pessoa maravilhosa e também conhecida como minha mãe. Liguei pra ela (do telefone da academia, porque eu tava sem celular) e perguntei se ela tava com a chave lá de casa. Ela tava. E de carro. Mas muito ocupada no trabalho. Pediu para eu pegar um táxi e ir encontrá-la (no Derby). Andei até a Agamenon e o táxi passou até rápido, ainda bem. 

Quando tou quase chegando no meu destino, tico e teco entraram em curto-circuito e eu tive a brilhante (sic) ideia de procurar as chaves na porcaria da sacola que eu tava segurando, cheia de coisinhas e sacolinhas menores e coisaetal. Preciso nem dizer que achei as benditas, né? No meio da confusão do mercado, cheia de coisas diferentes para carregar, joguei as chaves junto com todas as outras compras na sacola maior, para facilitar a minha volta para casa. 

Respirei fundo. Pelo menos, achei as chaves. Já tava pensando que ia gastar para tirar cópias e pedir outra chave do carrinho do prédio e blábláblá. Fora que a chave da minha casa ia ficar vagando por aí. 

Pois bem, fui encontrar a minha mãe (afinal, eu ainda precisava pegar dinheiro), paguei o táxi e fui, agora, para a parada de ônibus. Lógico, evidente, que quando eu tava do outro lado da avenida (Agamenon), quase chegando na ponte que ia atravessa pra chegar na parada, o ônibus que eu queria pegar passou. Pelo menos, eu podia pegar vários outros, então esperei menos de dez minutos (no sol). Mais uns minutinhos sacolejando no instável ônibus recifense, desci e andei uns 400 metros. Cheguei, enfim, em casa, às 13h20, praguejando fortemente contra esse clima infeliz que temos aqui. Tudo isso e eu tava afim de ter uma sexta-feira mais tranquila, de preguiça, lembra? 

Tomei um banho geladíssimo, deitei por três minutos para aproveitar plenamente aquele momento refrescante, digamos. Meu almoço foi uma mistura de algumas sobras que tavam dando sopa na geladeira. Depois de comer, voltei para a cozinha para preparar um peixe que minha mãe vai levar numa reunião amanhã. E foi aí que o leite de coco entrou em cena.

Minha mãe, como eu já falei por aqui, não é muito chegada na cozinha, mas me ensinou algumas coisas. Apesar de poucas, todas muito sábias. Uma delas foi sempre fazer o leite de coco em casa, evitando comprar o industrializado, a não ser numa emergência. É prático e barato (no mercado, custa R$2 o coco seco, que ele rala na hora). Seguinte:

- Coloque o coco numa travessa de vidro e cubra com água fervendo. 

 - Deixe de molho por 30 minutos.
- Bata a mistura num liquidificador por uns minutinhos (o meu tá quebrado!).
- Coe com uma peneira + um pano limpo. Fui só de peneira. Esprema bem para tirar o máximo de leite possível.
Fim.

Usei um coco e meio e rendeu 800ml. Não fica muito concentrado não, o gosto é suave. Se quiser mais forte, é só colocar menos água. Você pode usar o leite para cozinhar ou como alternativa ao de vaca, se, por algum motivo, você ou alguém da família não esteja tomando leite ou derivados do leite de vaca. Com o que sobrou do coco, leve ao forno para secar e depois use como quiser. 

Um comentário:

  1. Adorei sua receita de como tirar leite do c^co,pois apezar de morar no Rio ha muitos anos(vim dai com 15 anos )gosto muito da nossa comida pernambucana principalmente as feitas com leite de c^co.Estou aguando por um sururu mas...onde vou encontra aqui? talvez desista de faze-lo eu mesma e va´na Feira dos nortista em s.Cristovão.tchau linda, obrigada pela receita...

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