sexta-feira, 4 de março de 2011

abobrinhas na cozinha alheia

No Rio de Janeiro, não para de chover. E chega um momento em que a pessoa cansa de perambular embaixo de chuvisco. Por isso, depois de muitas andanças, desisti de comer qualquer coisa na rua e resolvi preparar um almoço rapidinho na casa da minha tia. Fui pensando no que ia fazer e, no caminho de volta, passei no supermercado para comprar o que faltava. Já tinha decidido: ia preparar rolinhos de abobrinha recheados com ricota e pesto. 

No entanto, o meu suposto almoço rápido quase se transformou em uma empreitada mal sucedida. Minha tia não estava em casa, então tive que me virar na cozinha desconhecida sem saber onde encontrar o que queria. Prestenção na história:

Cheguei em casa e fui lavar a abobrinha. Mas, opa, quem disse que eu sabia onde encontrar vinagre safado, água sanitária ou seja lá o que fosse? Rodei a casa e nada. Bati todos os armários e nada. Resultado: lavei muito bem com água e sabão e depois deixei de molho num tiquinho de vinagre balsâmico. Passados uns minutos, cortei a abobrinha no sentido do comprimento em fatias finas. A abobrinha era magrinha, mas eu já tinha cismado que ia comê-la desse jeito, então fiz assim mesmo. Grelhei em uma frigideira, uns 5 minutos para cada lado, até dourar. Joguei um salzinho e umas ervas finas por cima. Colocaria também pimenta moída na hora se eu tivesse encontrado o moedor. 

Abobrinha devidamente grelhada, passei uma camada generosíssima de pesto (da Hemmer, que é o mais gostoso dos industrializados e que dificilmente acho em Recife) em cada fatia. Depois, acrescentei um pouco de ricota amassada. Experimentei-a antes e achei o tempero bom, mas, se quiser, dá para temperar com sal, azeite, pimenta do reino, ervas secas, essas coisas. Apertei bem a ricota com a mão para formar uma massa mais densa e ela não se esfarelar depois. Se você tiver palitos em casa - ou se você estiver numa cozinha desconhecida e ACHAR os palitos - use-os para fechar bem os rolinhos e deixá-los firmes. 
Untei uma assadeira pequena com azeite, coloquei os rolinhos e cobri com molho de tomate (na verdade, com o suco que vem na lata de tomate pelado) e queijo parmesão.

E aí começou o momento de maior tensão. Tentei ligar o forno e nada. O acendedor automático não funciona de jeito nenhum. Também não achei fósforos. Quer dizer, só daqueles fósforos sem vergonha, mas eu que não ia arriscar queimar meus dedos com um pedaço de papel desse, né? Então, recorri ao forninho elétrico da minha tia, que deve ter mais de uma década, mas que funciona perfeitamente - para assar pão, pelo menos, que é a sua única função aqui. Liguei e ajustei a temperatura. Coloquei a travessa e fiquei rezando para o bicho não explodir, parar de funcionar ou sei lá o quê. Veja bem, não tenho problemas com fornos elétricos, mas esse já é antigo e ia ficar ligado por uns bons minutos, quando normalmente é utilizado por menos de dois minutos. Não me lembro quanto tempo ficou no forno, mas é o suficiente para derreter o queijo. Diria que uns dez minutos no forno a 180 graus, talvez?
O queijo, então, finalmente derreteu e pude tirar a travessa. Corri para fazer a foto e me deliciar, porque já era quase 15h. Ficou simplesmente maravilhoso. O pesto fez toda a diferença, claro. Pode testar aí na sua casa amanhã que eu garanto.

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